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quarta-feira, 10 de abril de 2019

4 • ELES SÃO UNS GATOS! • Homenagem a Tapioca

O câncer de pele, a princípio um leve ferimento, acabou dilacerando todo o nariz e ameaçava se alastrar. Tapioca já respirava com dificuldade, e só a eutanásia pôde livrá-lo da morte por asfixia e muita dor. 
Ele se foi, sem dor alguma, dormindo como um anjo em uma viagem feliz ao paraíso dos gatinhos.
Tapioca foi criado por minha sogra até seus 8 anos. Depois veio morar conosco, onde viveu outros tantos. Portanto, ultimamente era um senhor de idade avançada. Imaculadamente branco e tranquilo como só ele, Tapioca era um gato lindo.

Mas Tapioca era albino, e por isso não podia ser exposto ao Sol por muito tempo. Foi esse o seu mal, pois adorava  se refestelar no “confortável” chão de pedras do quintal, durante as manhãs.

Tapioca tinha uma personalidade marcante. Raramente miava, mas quando o fazia era com miados altos e incisivos. Exigentes. Eram ordens! “Quero minha comida agora!” “Me faça carinho! Já!” – Em seguida jogava-se aos nossos pés à espera do afago. E tinha de ser demorado, se não ele reclamava energicamente.


Tapioca era muito caseiro. A rua não o atraía. Adorava ser acariciado enquanto enchia de pelos brancos as cadeiras e poltronas onde se deitava. 

Tapioca tinha mania de se colocar em posições estranhas: uma das prediletas era dormir com a cabeça encostada na parede, parecendo deprimido. Outra, ficar horas abraçado com o seu querido pote dágua.

Assim era Tapioca, nosso amado gato branco. 

sendino.claudio@gmail.com 
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