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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

1 • ARTIGO • Metas e conquistas

METAS E CONQUISTAS

Para dar ânimo e sentido à vida, há quem considere imprescindível ter-se um objetivo, uma meta a alcançar. Desde as relativamente simples, que terminam quando alcançadas, como a compra de um carro ou estudar para aprovação no exame, até as grandes metas, que se transformam em ideais e perduram por muito tempo ou pela vida toda. Quem sonha em ser um grande médico, ainda que consiga, terá de manter a chama acesa pelo resto da vida, aperfeiçoando-se sempre.
A maioria dos anseios pessoais objetivam a conquista de bens materiais ou de status social. São resultantes da educação adotada nas sociedades, que estimula as crianças a “vencerem na vida”, competindo umas com as outras. Tornar-se um “vencedor”, provavelmente seja o mais forte condicionante das mentes infantis, processo esse que faz parte do egoísmo humano. Crianças formadas sob uma educação assim, quando adultas lutarão pela conquista de poder e riqueza, e muitos não hesitarão em pisar nos “adversários” para alcançar o objetivo.
Essa terrível competição é estimulada em todos os setores. Na economia, no comércio e na indústria, empresas criam metas cada vez mais competitivas e agressivas. Nações competem pela supremacia econômica, ideológica e bélica, a ponto de se destruírem mutuamente. Esse processo acabou tornando a humanidade infeliz, medrosa e violenta, e mesmo assim, todos continuam perseguindo seus ideais de enriquecimento pessoal, competindo agressivamente para alcançá-los.
É bem verdade que existem pessoas com objetivos bastante saudáveis, tanto pessoais quanto empresariais. Muitos almejam realizações altruístas e úteis à vida, em prol da coletividade. Algumas empresas projetam metas de crescimento baseadas na melhora da qualidade de seus produtos, colaborando assim para o progresso industrial. Somente quando esse crescimento é baseado no estímulo ao consumismo, convencendo emocionalmente as pessoas, através da publicidade, a comprarem o que não precisam e até o que lhes é nocivo, torna-se evidente a manifestação maléfica do egoísmo humano.
As metas empresariais são quase sempre projeções das individuais, de seus empresários dirigentes. São, portanto, consequência da formação cultural e da evolução espiritual de cada um. Quem já superou, pelo menos em parte, o egoísmo, não se deixa mais levar pela tendência global da competição desenfreada. Tanto em seus anseios individuais quanto de suas empresas.   
Um grande problema para quem coloca uma meta a ser alcançada é o tempo. A ansiedade cobra dedicação e perseverança ininterruptas, mas ainda assim acontecem imprevistos no percurso e quase nada sai exatamente como o esperado. Finalmente, quando não se tem êxito, decepções e desilusões levam à frustração e estresse, principais danos emocionais provocados pela ansiedade.
Durante o tempo em que se anseia por uma conquista, costuma-se pensar nisso a maior parte do dia e por vezes da noite. Alguns chegam a se esquecer de compromissos importantes e negligenciar inteiramente as pequenas tarefas cotidianas, fundamentais na vida de qualquer pessoa. Há quem fique tão obcecado por correr atrás do que pretende, que não consegue mais dar atenção aos familiares e amigos. A solidariedade e a ética tornam-se menos importantes do que o objetivo a alcançar. Uma conduta que causa inúmeros transtornos.
Busquemos então conscientizar esse mal.
Quando se tem uma meta a alcançar, é preciso evitar de tornar-se seu escravo. Poderá guardá-la “num canto da mente”, como diz o verso de Djavan, deixando que a inteligência inconsciente cuide do resto, e todos os passos, então, serão convergidos na sua direção. Em nada adiantará a ansiedade, pois não há tempo marcado, nem um caminho previamente traçado em diração à cobiçada conquista. O caminho irá se moldando às contingências da vida.
Assim, sem as constantes e prejudiciais cobranças da ansiedade, é possível concentrar-se nos compromissos do dia a dia e atividades rotineiras, buscando fazer com perfeição cada detalhe. Até mesmo as tarefas mais banais, como lavar um copo, será motivo de concentração total, fazendo isso com prazer e da melhor maneira possível. Como também caminhar pelas ruas, simplesmente reparando nos movimentos dos veículos e pessoas, nos formatos das árvores ou nos contornos das montanhas, admirando a beleza do Sol refletido nas vidraças, enfim, em tudo o que acontece à volta. Procedendo assim, não haverá espaço para ansiedade ou qualquer pensamento negativo.
Esse agradável e sadio passa-tempo leva também à constatação de que não é possível atuar no passado ou no futuro, pois a única oportunidade de movimentar a vida está no momento presente. É num momento que alguém puxa o braço e salva outra pessoa. É num momento que se desequilibra e cai. É também num momento que uma ideia traz a solução de algum problema.
Quando se está livre de qualquer ansiedade, sobra tempo para apreciar o que se passa no presente, certo de que a correnteza dos acontecimentos, durante esse tempo, está “empurrando” a vida na direção do objetivo sonhado. Essa certeza traz uma agradável sensação de bem-estar. É a chamada paz de Deus, para os religiosos. É a mente tranquila, para os iogas.
Entregar o que se almeja conquistar ao inconsciente, portanto, significa o mesmo que entregar a Deus. Ou, para os que consideram que tudo é energia em movimento, significa entregar à Natureza.
Espiritualistas recomendam atenção à Lei do Retorno, que atua na energia mental como uma extensão da terceira lei de Newton: “a toda ação corresponde uma ação contrária, de igual intensidade”, também chamada de Lei de Ação e Reação.
Segundo a Lei do Retorno, “cada vibração de energia mental emitida determina uma consequente reação vibratória contrária e de igual intensidade.” Esta lei é fundamentada na dualidade matéria-energia, demonstrada pela Física Quântica. Ora, se em última análise as metas são formadas de desejos, e portanto movimentos de energia mental, certamente estão regidas pela Lei do Retorno (por muitos chamada de Lei do Karma).
Assim, tudo o que se almeja, requer o prévio cuidado de examinar se terá consequências positivas ou não. Em outras palavras, se atende a vibrações mentais do egoísmo pessoal ou a vibrações mentais de um desejo altruísta. Quando a meta proposta, presumidamente, for prejudicial a alguém, a um povo, aos animais ou à ecologia, ainda que prometa um grande lucro financeiro, energeticamente terá consequências maléficas. O inverso também é verdadeiro. Se a realização almejada auxiliar alguém, uma população ou a ecologia, o retorno será uma energia de felicidade e paz interior, independentemente do possível lucro material.
É bom realçar que tais cuidados, por serem também éticos e humanistas, fazem sentido igualmente entre os agnósticos ou ateus, desde que se importem com o bem-estar coletivo.
Concluindo, é certo que os objetivos simples e imediatos são indispensáveis, necessários à sobrevivência. Mas só é compensador ter-se uma grande meta – que realmente dá mais ânimo e sentido à vida – quando ela também for útil à humanidade. 

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2 • HISTÓRIAS DAS COISAS • Pitinha cor de canela



PITINHA COR DE CANELA

Pitinha é pequenina, tem de altura pouco mais que um polegar, uma tampinha branca toda furadinha, e o resto do corpo transparente. Por isso, depois de cheia de canela em pó, fica da cor da canela. 
Ela foi parar ali, nem sabe como. Só sabe que adorava o seu trabalho diário no grande evento do Café da Manhã. Atuava na arena, diante de um grande público, pulverizando a sua canela sobre a banana amassada. Era sempre aplaudida pela destreza em espalhar o pó uniformemente por toda a superfície, antes que a colher, protagonista do evento, viesse com a granola. Quando esvaziava, a colher tornava a enchê-la de canela até a borda. Pitinha não perdia uma apresentação sequer, e já se tornara uma personagem conhecida do grande público do Café da Manhã.
Tudo isso são recordações que não saem da sua cabeça. Eram tempos muito felizes. Mas de repente, sem nenhum aviso, um pote amarelo de canela, comprado no supermercado, foi posto ao seu lado. Disseram apenas que a venda de canela a varejo havia acabado, e dali em diante seria usada uma marca comercial. E ponto final. 
Pitinha, desolada, ao ver o pote amarelo ser levado para fazer o trabalho que ela sempre fez, entrou em profunda depressão. Agora ela passa dias e noites na prateleira, vazia, imóvel, sem ter o que fazer, e ainda tem que se dar por muito feliz de não ter sido jogada no lixo. Nunca mais a canela, nunca mais a banana amassada, nunca mais os aplausos do público. 
Sua vida, desde a vinda do Amarelo, tornou-se completamente inútil. A única esperança que ainda lhe restou é que o pote Amarelo algum dia se esgote, e a canela volte a ser vendida no varejo.
 Toda manhã, o Amarelo é levado para o Café da Manhã, e quando termina a apresentação, novamente colocado ao seu lado. Os dois ficam a tarde e a noite lado a lado, sem trocarem uma palavra. A cena se repete por semanas, e nada de se esgotar a canela do Amarelo. 
Mas hoje, de repente ele resolve puxar assunto: “Antes de mim era você quem fazia esse trabalho, não é?” 
Pitinha estremece. Há muitas semanas ninguém falava nada com ela, por isso fica confusa: “Hem? O que disse?”
Amarelo é muito amável: “Eu já ouvi falar muito em você. O público lá do estádio até reclamou a sua presença! Você é muito querida!”
“É mesmo?” – Pitinha chega a esboçar um sorriso.
“É sim. E eu sei o que houve, você era de uso contínuo, e acabou-se a venda de canela no varejo, já me contaram.”
Pitinha sente que o amarelo deseja se aproximar, e na situação em que ela se encontra, uma amizade lhe faria muito bem. Por isso, responde sinceramente: “É verdade. Eu adorava o meu trabalho, mas acho que chegou o meu fim. Já perdi a esperança, o espetáculo agora é todo seu.”
“Mas tem uma coisa, eu não sou recarregável, como você.”
“Ah, não? Quer dizer que quando acaba a sua canela...” – Pitinha deixa frase incompleta de propósito.
“Não morro não, eu me incorporo em outro pote. Quem sabe, no pote novo que seu dono comprar?” 
“Ah...” – Ela balbucia, desiludida. Agora acabou de vez a esperança de conseguir canela quando o Amarelo se esgotar. Mas responde, fingindo alegria: “Que legal!” – E continua: “Então você tem sempre uma casa para morar! Não depende de seu dono encher seu corpo de canela! Isso é muito bom!”
Apesar de tudo, os dois ficam amigos. Dali em diante, sempre que Amarelo volta de sua apresentação, conta as novidades para a amiga. Diz que o público já se acostumou com ele e também o aplaude, o que provoca em Pitinha uma pontinha de inveja, mas que ela logo transforma em admiração: “Ah, sinal que você está atuando muito bem!”
Semanas e semanas vão passando.
Mas um dia ele voltou cabisbaixo: “Hoje eu dei uma vacilada! Joguei canela fora da banana, na borda do prato. Caiu até na toalha! Foi um vexame, o público vaiou...”
“Ah, coitadinho! Mas amanhã você vai ser novamente aplaudido, o público esquece!”
Pitinha estava sendo sincera. Durante esse tempo de convívio, já se convencera de que seria sempre conservada, seu dono jamais a jogaria no lixo. A amizade do Amarelo, portanto, era tudo o que tinha, e bastava para fazê-la feliz. Pitinha começava a compreender que uma amizade é tudo na vida.
Mas chegou o dia do Amarelo se esgotar: “Acabo de usar meu último restinho de canela. Agora estou completamente vazio.” – E calou-se.
“Oh, meu Deus!” – Exclama Pitinha, aflita – “O que vai ser de você?”
Por coincidência, neste exato momento abre-se a porta do armário e um outro pote, também amarelo, o substitui.
Por um momento Pitinha fica ainda mais assustada, mas a voz do novo Amarelo a tanquiliza: “Olá, Pitinha! Sou eu de novo!” 
“Você trocou de corpo! Como é que pode?” 
“Foi como eu lhe disse. Seu dono comprou um novo pote e eu passei para o seu corpo! É sempre assim, isso é normal na minha espécie.”
A amizade continua, mais firme do que antes. Correm os meses e a troca de corpos sempre se repete, mas Pitinha já não se assusta. Sabe que o seu amigo Amarelo sempre vai para o pote novo. Aquilo se torna natural e rotineiro.     
 Porém, certo dia, enquanto o Amarelo se apresentava no Café da Manhã, eis que acontece o que Pitinha já achava impossível: é colocado ao seu lado um saco cheio de canela, comprada no varejo!
Pitinha tem um choque emocional. Não sabe se fica feliz ou infeliz. A amizade com o Amarelo já era sólida, não concebia mais viver distante dele. Por outro lado, a volta aos velhos tempos dos aplausos do público, também a deixa fascinada. Emoções adormecidas, agora novamente despertam. 
Assim que o Amarelo volta, ao ver o saco de canela, compreende tudo. Mas não se abala. Calmamente, dirige-se à amiguinha: “Pitinha querida, você agora vai reinar novamente. É o que sempre quis, não é?”
Pitinha desaba a chorar, e tanto, que nem pode falar. 
Amarelo lhe diz, ternamente: “Querida, não chore, eu sei que suas lágrimas são porque preza muito a nossa amizade. Mas é a sua vida que retorna! É motivo de felicidade!”
Pitinha, com esforço, consegue dizer: “Eu não quero lhe perder! Você é muito importante para mim! Eu morreria de tédio se não fosse a sua amizade!”
“Mas, querida, nós vamos continuar amigos! Vou para o supermercado, pertencerei a outra família, mas a sua lembrança nunca vai se apagar!”
Amarelo continua a atuar por mais alguns dias, até se esgotar completamente. Mas dessa vez não há outro pote para substituí-lo. Em vez disso, uma colher vai retirando a canela do saco de plástico e colocando no corpo transparente de Pitinha, até ela ficar da cor da canela, como há tanto tempo não ficava. Depois é levada diretamente para o Café da Manhã, onde o prato de banana amassada a espera, como nos velhos tempos. Logo que começa a atuar o público a reconhece, e aplaude calorosamente. Emocionada, Pitinha quase erra, mas logo vê que não perdeu sua prática, e faz o trabalho com perfeição.
Na volta, não encontra mais o Amarelo. Como ele próprio avisou, foi para o supermercado, num novo corpo, talvez para uma nova casa, uma nova família. Mas assim mesmo, a alegria da reestreia é superada pela saudade do amigo, e ela desanda a chorar. Aos poucos, com muita dificuldade, agarra-se à ideia de que esse é o seu destino, é o que sempre sonhou. Precisa se conformar somente com a lembrança do amigo. Acaba se consolando, ao imaginar que o amigo Amarelo, seja lá onde estiver, a terá sempre na memória. E aprende que a amizade não acaba com a distância.
O tempo passa, com atuações cada vez mais brilhantes de Pitinha no evento do Café da Manhã. Ela agora é uma artista consagrada e querida do grande público, que passa a apelidá-la de Pitinha Cor de Canela. 
Cada vez que Pitinha Cor de Canela volta para sua prateleira, lembra-se do amigo Amarelo, e conversa com ele mentalmente, sempre desejando que ele seja muito feliz na nova residência.
Já três sacos de canela foram comprados até agora, sendo que cada um dá para quatro recargas, ou seja, dois meses de apresentações diárias no evento. O terceiro esgotou-se há doze dias, portanto Pitinha está quase vazia. 
Hoje como sempre, esmera-se na apresentação e é muito aplaudida. Volta cansada e vai para o seu aconchego na prateleira do armário. Amanhã chegará o novo saco de canela para reabastecê-la. Passa uma noite tranquila, sonhando com o amigo distante. 
Quando amanhece, Pitinha volta-se para trás e nada de enxergar o novo saco de canela. Era certo de encontrá-lo, pois está mais do que na hora de ser recarregada. Mas, de repente, uma surpresa totalmente inesperada: um pote amarelo é colocado ao seu lado. “Meu Deus! Não é possível! Não acredito no que vejo!” – Diz para si mesma, enquanto ouve aquela voz inesquecível: “Olá, Pitinha. Sou eu de novo!”
Acredite ou não, o seu amigo Amarelo está de volta. Pitinha chora muito, mas desta vez de felicidade: “Que bom! Que bom que você voltou!” – E os dois se abraçam demoradamente. Agora mais calma, pergunta como ele fez para conseguir voltar no momento certo da sua recarga. Amarelo diz que foi uma mistura de intuição com coincidência. 
Explica: “Eu vivia na casa de uma família, longe daqui. Mas vivia pensando em você, e ontem, quando me esvaziei, tive a intuição de que seu dono iria ao supermercado comprar mais sacos de canela. E por coincidência, não havia canela a varejo nesse dia. Eu então me transportei para um dos potes de lá. Fiquei na prateleira, rezando para seu dono me escolher...”
“Você está brincado. Quer dizer que meu dono escolheu você no meio de todos os potes amarelos?” – Pergunta Pitinha, verdadeiramente deslumbrada.
“Isso mesmo! Foram duas coincidências: a de faltar canela no varejo e a de seu dono me escolher!”
“Coincidências não existem!” – Pitinha afirma, convicta. “Foi atração mental!” – Nesse instante ela aprende que as amizades se atraem. 
Dali em diante, passam a viver períodos alternados. Quando há canela vendida a varejo, ela se apresenta todos os dias no Café da Manhã. Quando falta, o amigo sempre arranja um jeito de aparecer. 
Pitinha Cor de Canela e o Amarelo, agora também famoso, são amigos inseparáveis.

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3 • HUMOR & CARTUNS • Festa de 15 anos

Outra anedota retirada do livro ANEDOTAS POPULARES de Claudio Sendin com anedotas contadas em forma de quadrinhos.  

Diz o cronista Sérgio Cabral no seu prefácio:   
  
“… Agora, com este livro, Claudio Sendin descobriu o óbvio. 
….A história do desenho de humor no Brasil é secular e revelou artistas fantásticos, iguais aos melhores que o mundo já produziu. Como não ocorreu a nenhum deles fazer um livro na base das anedotas? Afinal, a anedota é uma das marcas mais fortes do comportamento do brasileiro. A grande vantagem que este Anedotas Populares leva sobre a piada contada é que ela não se esgota na narração: o leitor poderá divertir-se com a conclusão e, depois, com cada detalhe do desenho.
    Não há dúvida: Claudio Sendin descobriu a pólvora. Ou melhor: o óbvio ululante.”


ANEDOTA 4: Festa de quinze anos.  




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4 • ELES SÃO UNS GATOS! • A gordinha da família


5 • TEMAS DIVERSOS • Cartuns surrealistas

Durante os anos 80, eu e meu grande amigo Marius Lauritzen Bern (fotógrafo e artista gráfico) fazíamos desenhos de continuação, enquanto os copos de cerveja se esvaziavam.
Funcionava assim: num bloco de papel, um de nós iniciava um desenho com apenas alguns traços. O outro continuava  mais alguns traços, do jeito que quisesse, e retornava para o primeiro prosseguir o desenho. Não valia falar nada, muito menos contar a nossa intenção. Seguíamos assim, até considerarmos o desenho acabado, depois o assinávamos. 
Esse trabalho mereceu uma matéria de duas páginas, com fartos elogios aos desenhos, no jornal PASQUIM. 

Marius faleceu na década seguinte. 

Passados alguns anos, com saudades do amigo, resolvi fazer sozinho os desenhos (mostrados abaixo). Eu iniciava e depois passava hipoteticamente para o Marius, desenhando o complemento como se fosse ele. Mas consegui fazer apenas três desenhos. A lembrança de estarmos desenhando juntos, enquanto bebíamos nossa cerveja, foi muito triste…


Gaiola espacial
O homem tecnológico
Onde moram os artistas

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6 • INFORMAÇÕES PROFISSIONAIS • Sendino

SENDINO
(Claudio Fabiano de Barros Sendin)

• Diretor de arte publicitário, trabalhou em Criação, nas principais agências do Rio de Janeiro, de São Paulo, e num estúdio de publicidade em Barcelona. 
Durante essa fase, participou da criação de campanhas publicitárias para muitas empresas e instituições importantes, entre elas: Volkswagen, Vasp, Gillette, Coca-Cola, Banco do Brasil, Petrobras, Merrel (Cepacol), Fleischmann Royal, Bradesco Seguros, Prefeitura do Rio de Janeiro. 
Algumas dessas campanhas e peças isoladas receberam medalhas de ouro, prata e bronze, no Prêmio Colunistas.

• Cartunista publicitário, criou personagens bem-sucedidos para publicidade, como Bond Boca, da Cepacol, em parceria com o redator Alexandre Machado, e o Bocão, da Fleischmann Royal, em parceria com a equipe de marketing da Norton. Criou todos os cartuns da campanha Minimania, para a Coca-Cola e Bob’s.

• Cartunista editorial, ilustrou muitas matérias e criou uma capa na revista Domingo (do antigo Jornal do Brasil). Na revista Veja Rio, criou 16 capas, muitas ilustrações de matérias, e ilustrou com charges as crônicas do crítico musical Sérgio Cabral, durante mais de 5 anos. Para o jornal O Globo, criou muitas capas para os Cadernos Vestibular

• Diretor de arte editorial, fez os projetos gráficos de várias revistas corporativas: Hospedagem Brasil (para a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Rumos Práticos (para o Conapra – Conselho Nacional de Praticagem), Paissandu Notícias (para o Paissandu Atlético Clube – RJ), Biólogos (para o CRBio-02 – Conselho Regional de Biologia), Revista da Casa de Eapaña (Órgão de divulgação da cultura espanhola no Rio de Janeiro), e Revista do Clube Naval (Para o Clube Naval do Rio de Janeiro).  

• Autor de três livros de cartuns: 
A fábrica e o povo (Massao Ohno – Ricardo Redisch Editores), com cartuns que ilustram um texto de Eça de Queirós.
Viagem de volta, (Repro–SP), com desenhos surrealistas de aviões inspirados nos Beatles, e poemas de Nei Leandro de Castro inspirados nos desenhos e nos Beatles.
Anedotas populares (Editora Taurus), com cartuns em forma de quadrinhos sobre anedotas contadas pelo povo.

• Contato com Sendino, através do e-mail:

sendino.claudio@gmail.com